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Artigo marx - DESCRIÇÃO

DESCRIÇÃO
Disciplina

Sociologia I (IH909)

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Ano académico: 2021/2022

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O TRABALHO NA CONCEPÇÃO DE MARX

BORDALO, Karina Barbosa 1 - UEPA Grupo de trabalho – História da Educação Agência financiadora: não contou com financiamento

Resumo

O artigo: o trabalho na concepção de Marx parte de minha pesquisa de Mestrado em Educação do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará traz para o centro das discussões a categoria trabalho docente, trazendo fundamentos do desenvolvimento do capitalismo no século XIX, tendo como referencial a concepção de Karl Marx, teórico e praticante político que teve a sociedade capitalista com as suas relações entre capital e trabalho como objetos de estudo constituídos. Para a análise da relação de trabalho trago questões através do estudo bibliográfico em textos de Andery (2012), Antunes (1995), Manacorda (1996) e Oliveira (2006). E relacionando ao trabalho docente trago questões através do estudo bibliográfico em textos de Oliveira (2003), Paro (2002) e outros. O objetivo deste artigo é realizar um estudo do período histórico em que Marx desenvolveu a sua teoria, entendendo o desenvolvimento e a afirmação do capitalismo industrial no século XIX, as influências nas condições dos trabalhadores e os fatores que os levaram a serem concebidos como seres unilaterais para compreendermos o que Marx aponta como a necessidade de superação do capital alienador e trazer questões para o debate da interação do trabalhador docente na contemporaneidade. O trabalhador docente na contemporaneidade vive as conseqüências da relação capitalista, da globalização e das mudanças destas provenientes o que lhe causa muitas vezes uma sobrecarga de trabalho e sentimentos de desprofissionalização ao ter que assumir funções não específicas de sua formação acadêmica e profissão, além de ter que aumentar a carga horária e local de trabalho devido à desvalorização salarial.

Palavras chave: Trabalho. Marx. Trabalho docente.

Introdução

O artigo: o trabalho na concepção de Marx parte de minha pesquisa de Mestrado em Educação do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará

1 Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação - Mestrado Universidade do Estado do Pará (UEPA), Especialista em Gestão Escolar - Universidade da Amazônia, Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia - Universidade Federal do Pará. Especialista em Educação - Secretaria Estadual de Educação do Pará e Professora Secretaria Municipal de Educação de Belém. karinabbordalo@yahoo.com.

traz para o centro das discussões a categoria trabalho docente, trazendo fundamentos do desenvolvimento do capitalismo no século XIX, tendo como referencial a concepção de Karl Marx, teórico e praticante político que teve a sociedade capitalista com as suas relações entre capital e trabalho como objetos de estudo constituídos. Para isto, realizei um estudo bibliográfico em textos de Andery (2012), Antunes (1995), Manacorda (1996) e Oliveira (2006). E relacionando ao trabalho docente os textos de Oliveira (2003), Paro (2002) e outros. O objetivo deste artigo é realizar um estudo do período histórico em que Marx desenvolveu a sua teoria, entendendo o desenvolvimento e a afirmação do capitalismo industrial no século XIX, as influências nas condições dos trabalhadores e os fatores que os levaram a serem concebidos como seres unilaterais para compreendermos o que Marx aponta como a necessidade de superação do capital alienador e trazer questões para o debate da interação do trabalhador docente na contemporaneidade.

Desenvolvimento

No primeiro período do século XIX (até 1948) o capitalismo expandiu-se nos países industrializados, teve um impulso nos países não desenvolvidos e teve sua primeira grande crise nos países desenvolvidos.

Nesse período, assistiu à expansão e ao crescimento das forças produtivas, da economia e, portanto, da riqueza, associados ao imenso avanço da ciência. De par com o crescimento econômico e com o crescimento da riqueza, cresceu também a classe trabalhadora: cresceu em número, cresceu em pobreza e cresceu em consciência política (como atesta o crescimento de propostas de cunho socialista). (ANDERY, 2012, p. 393). Foi característica deste período a consciência da classe trabalhadora e da burguesia de que suas propostas são divergentes, daí o surgimento das ideias de cunho socialista, enquanto a burguesia buscava uma resposta menos radical a crise do capitalismo. No segundo período do século XIX houve a expansão do sistema capitalista em nível mundial, governos de cunho nacionalista e liberal, avanços na organização e propostas da classe trabalhadora. Karl Marx que nasceu em 1818 em Tréves, na Renânia, cidade que fazia parte da Prússia, próxima à fronteira com a França desenvolveu, nesse contexto histórico, seu trabalho intelectual, teórico, e político. Para compreendermos o seu pensamento nos exige que conheçamos a relação deste trabalho intelectual e a sua atuação política, assim como as

trabalho, capital. Sendo o trabalho uma atividade vital. Marx (1985, p apud OLIVEIRA 2006, P) concebe o trabalho:

Qualitativamente como potencial, uma atividade vital que expressa os poderes e capacidades do homem. O trabalho é um processo em que o ser humano com sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza [...] atuando, assim sobre a natureza externa e modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua própria natureza. O trabalho teria uma conotação positiva, no entanto quando o processo de trabalho dá- se como fim a relação de exploração do capitalista, na qual o trabalhador aliena o produto e a sua força de trabalho, este torna-se negativo. Manacorda (1996, p) traz esta temática.

[...] a expressão trabalho tanto significando a atividade do trabalhador quanto indicando o produto dessa atividade, não goza, como se diria, de boa reputação nos escritos marxianos e não há, ou pelo menos nem sempre, nem automaticamente, um significado positivo em Marx, que até reprovou a Hegel por só ver-lhe o aspecto positivo. Desde o início – e veja-se, a propósito, os Manuscritos de 1844, nos quais está contida essa crítica a Hegel – “trabalho” é, em Marx, termo historicamente determinado, que indica a condição da atividade humana no que denomina “economia política”, ou seja, a sociedade fundada sobre a propriedade privada dos meios de produção e a teoria ou ideologia que a expressa. Marx analisa explicitamente a forma antinômica do trabalho. Entende que haveria então, uma contradição dialética inerente ao processo de trabalho: miséria absoluta enquanto objeto e possibilidade absoluta de riqueza, enquanto sujeito e atividade. Considera em A Ideologia Alemã, de 1845-46, que “o trabalho” seria a coisa principal, o poder acima dos indivíduos nas condições historicamente determinadas da divisão do trabalho, nas condições descritas na economia política de alienação do trabalhador, sendo a ele prejudicial, nocivo, estranho ao homem e a natureza e a consciência e a vida. “A década de 1980 presenciou nos países de capitalismo avançado, profundas transformações no mundo do trabalho, nas suas formas de inserção na estrutura produtiva, nas formas de representação sindical e política”. (MANACORDA, 1996, p. 15). As mudanças ocorridas atingiram os trabalhadores, na sua materialidade, subjetividade e forma de ser. Entre as mudanças e transformações ocorridas nos anos oitenta citam-se as questões tecnológicas “em uma década de salto tecnológico a automação, a robótica e a microeletrônica invadiram o universo fabril, inserindo-se e desenvolvendo-se nas relações de trabalho e de produção de capital... O Fordismo e o Taylorismo já não são únicos e mesclam- se com outros processos produtivos (neofordismo, neotaylorismo, pós-fordismo) [...]” (MANACORDA, 1996, p - 16).

Surgem assim, novos processos de trabalho e formas transitórias de produção o que reflete nos direitos do trabalho em que “[...] direitos e conquistas dos trabalhadores são substituídos e eliminados do mundo da produção [...]” (MANACORDA, 1996, p). E com isso a intensificação da exploração do trabalho. A relação de trabalho estabelecida no Toyotismo, de envolver o trabalhador num ideário de “espírito”, de “família” Toyota é de mais intensidade a dada na relação de trabalho fordista. Sendo assim, segundo Antunes (1995, p) “A desindentidade entre indivíduo e gênero humano, constatada por Marx nos Manuscritos, encontra-se presente e até mesmo intensificada em muitos segmentos da classe trabalhadora japonesa...”. Por isto, “Se Gamsci fez indicações tão significativas acerca da concepção integral do fordismo, do “novo tipo humano”, em consonância com o “novo tipo de trabalho e de produção”, o toyotismo por certo aprofundou esta integralidade”. (ANTUNES, 1995, p) Em diversos países, as transformações nas relações de trabalho, dependendo das condições econômicas, sociais, políticas, culturais, etc., afetaram o ser do trabalhador. A sua representação através dos sindicatos, também são modificadas, pois o sindicalismo e movimentos sociais classistas dos anos 60/70 sedem a ações de defensiva frente à onda privatista neoliberal. Nesse contexto, “André Gorz acrescenta que 35 a 50% da população trabalhadora britânica, francesa, alemã e norte-americana encontra-se desempregada ou desenvolvendo trabalhos precários, parciais, que Gorz denominou de proletariado pós-industrial”. (ANTUNES, 1995, p) Assim, os países de capitalismo avançado aumentavam o desemprego na indústria tradicional e a subproletarização, com a expansão dos trabalhadores parciais, precários, temporários e subcontratados, outra alteração foi a inserção da mulher no mercado de trabalho, em funções antes exclusivamente masculinas, como nos setores de microeletrônica e serviços e o intenso processo de assalariamento dos setores médios, decorrentes do setor de serviços. Além dessas situações, Antunes (1995, p. 45) afirma que paralelamente a redução quantitativa do operariado industrial tradicional dá-se uma alteração qualitativa na forma de ser do trabalhado, que de um lado impulsiona para uma maior qualificação do trabalho e, de outro, para uma maior desqualificação. A primeira seria a redução da dimensão variável do capital, em decorrência do crescimento da sua dimensão constante oferece como tendência, nas unidades produtivas mais avançadas, a possibilidade de o trabalhador aproximar-se do

Marx aponta o “reino da liberdade” como forma de superação do capital e da sociedade burguesa. Esta seria a liberdade do indivíduo ao capital que afasta os trabalhadores da sua condição humana, aproximando-o da exploração, a condições de necessidades corporais, reduzindo-se ao ter, ao invés do ser. Dentro de um contexto mais amplo e diante da atual flexibilização laboral, o debate sobre a escola pública e o controle do processo de trabalho pelos docentes têm sido um campo de tensão e ação tanto para a política educativa como para os sindicatos e movimentos sociais. O processo de trabalho do docente não escapou a essas modificações que, desde uma perspectiva geral, estão determinadas pela mudança na atribuição do papel social da educação, cujo sentido emancipador perdeu valor ante seu novo objetivo: ser um espaço “privilegiado” da reprodução do capital e ferramenta da expansão capitalista (TAMEZ; PÉREZ, 2009). A discussão sobre a categoria trabalho docente será fundamentada, principalmente, nas obras de Dalila Oliveira e de outros autores do grupo de pesquisa GESTRADO (Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente) que se caracteriza pela produção, disseminação e socialização de estudos sobre Gestão, Políticas Públicas e Trabalho docente; publicações e documentos da Rede ESTRADO (Rede Latino-Americana de Estudos sobre Trabalho Docente) que visa possibilitar o intercâmbio entre pesquisadores que desenvolvem estudos sobre o trabalho docente em toda a América Latina; Além das discussões do CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) Entidade sindical de âmbito nacional, representativa de, aproximadamente, 2,5 milhões de trabalhadores em educação (professores, funcionários da educação, supervisores, orientadores, diretores de escolas) das redes públicas (estaduais e municipais) de educação básica, com cerca de 1 milhão de sindicalizados, organizados em 36 entidades afiliadas (sendo uma federação, 28 sindicatos de base estadual – muitos destes estenderam a representação às redes municipais – e sete exclusivamente municipais) presentes em 25 estados e no Distrito Federal, reunidos com o objetivo de defender os interesses da categoria, da educação (pública, gratuita, laica e democrática) e do País. Sabemos que o trabalho docente insere-se como parte da constituição do sistema capitalista, assim também está submetido à dinâmica da organização produtiva, do sistema político e social, do conhecimento da tecnologia, do gênero entre outros fatores.

Assim, para a análise do trabalho docente precisamos compreender a evolução histórica do desenvolvimento da profissionalização docente construída na sociedade capitalista e a sua especificidade de não ter o produto material como resultado e sim a interação e a atividade empreendida na vida social, no cerne da organização educativa o que acarreta a necessidade dos saberes pedagógicos, qualificação docente, dentre outros fatores como carreira, condições de trabalho e gestão da educação, eficientes. Tomando como população da pesquisa o trabalho dos professores da Rede pública Estadual de Ensino do Pará é preciso atentar que o trabalho dos professores da rede pública não gera lucro, mais-valia ao empregador, mas consiste num trabalho não-produtivo. Sendo o aluno objeto e sujeito deste processo, no qual a escola pauta-se por relações que Paro (2002, p. 149) afirma dizem respeito à forma como os homens tomam consciência da própria realidade concreta, descaracterizando-se, portanto, toda vez que ela deixa de fundar-se nessas relações para pautar-se por relações próprias do nível econômico da sociedade. A escola, assim teria um duplo papel na sociedade o de disseminar a teoria dominante e o de favorecer as mudanças, a consciência crítica da população por meio da distribuição do saber. Tendo assim, um caráter contraditório o que justifica o desinteresse estatal de investir em políticas públicas de favorecimento as melhores condições de trabalho docente e de acessibilidade a todos os níveis da Educação seja de forma pública, gratuita e de qualidade como prevista na nossa Constituição. Na realidade o objetivo educacional seria limitado pela quantidade de recursos destinados as escolas, acarretando na precariedade quanto às condições de trabalho devido a prédios deteriorados, ausência de materiais didáticos, baixos salários dos professores, superlotação das classes e, além disso, novas atribuições são dadas aos educadores.

Assim, o professor diante das várias funções que a escola pública assume, tem de desempenhar papéis que estão para além de sua formação. Muitas vezes esses profissionais são obrigados a desempenhar as funções de agente público, assistente social, enfermeiro, psicólogo, entre outras. (OLIVEIRA, 2003, P. 32-33) Esse contexto gera o sentimento de desprofissionalização, de perda da autonomia e desvalorização do saber docente, o que contribui para o mal estar desses profissionais. Oliveira (2003, p) afirma que o movimento das reformas na América Latina nos anos 1990 traz conseqüências significativas para a organização e a gestão escolar, resultando em uma reestruturação do trabalho docente, podendo até alterar sua natureza e definição.

Neste sentido, a relação do homem com a natureza que tem por fundamento o trabalho, os homens não apenas constroem materialmente a sociedade, como também lançam as bases para que se construam como indivíduos. Diferenciando-se da natureza, por serem seres que possuem a capacidade de idealizar, de serem conscientes, e de objetivar. O homem consciente é capaz de refletir sobre a realidade e transformá-la pelo trabalho, caberia a estes superarem a alienação proveniente do domínio do capital. O trabalhador docente vive então as consequências da relação capitalista, da globalização e das mudanças destas provenientes o que lhe causa muitas vezes uma sobrecarga de trabalho, ao ter que assumir funções não específicas de sua formação acadêmica e profissão, além de ter que aumentar a carga horária e local de trabalho devido à desvalorização salarial. Além de outros fatores. Assim, o caráter de trabalhador intelectual está passando por um período de ressignificação e na qual a sua própria prática educacional e política tem interferência e permanece como campo político e de conscientização, pois a educação pública ainda persiste.

REFERÊNCIAS

ANDERY, Maria Amélia Pie Abid. et al. Para compreender a ciência : uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2012. 436 p.

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas, SP. Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1995.

MANACORDA, Mario Alighiero. Marx e a Pedagogia Moderna ; Tradução de Newton Ramos de Oliveira; 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1996.

OLIVEIRA, Dalila Andrade. As reformas educacionais e suas repercussões sobre o trabalho docente. In: ______. Reformas educacionais na América Latina e os trabalhadores docentes. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. cap. 1, p. 13-38.

OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de. Filosofia da Educação : Reflexões e debates. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

MARTÍNEZ, Deolidia. Estudos do trabalho docente. In: OLIVEIRA, Dalila Andrade. (org.) Reformas educacionais na América Latina e os trabalhadores docentes. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. Cap. 4, p. 75-86.

PARO, Vitor Henrique. Administração escolar : introdução crítica. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

TAMEZ, G. S.; PÉREZ, D. J. El trabajador universitario: entre el malestar y la lucha. Educação & Sociedade , Campinas, v. 30, n. 107, p. 373-387, ago. 2009. Disponível em: <scielo/pdf/es/v30n107/04.pdfhttp> Acesso em 10 mar. 2013.

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O TRABALHO NA CONCEPÇÃO DE MARX
BORDALO, Karina Barbosa
1
- UEPA
Grupo de trabalho – História da Educação
Agência financiadora: não contou com financiamento
Resumo
O artigo: o trabalho na concepção de Marx parte de minha pesquisa de Mestrado em
Educação do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará
traz para o centro das discussões a categoria trabalho docente, trazendo fundamentos do
desenvolvimento do capitalismo no século XIX, tendo como referencial a concepção de Karl
Marx, teórico e praticante político que teve a sociedade capitalista com as suas relações entre
capital e trabalho como objetos de estudo constituídos. Para a análise da relação de trabalho
trago questões através do estudo bibliográfico em textos de Andery (2012), Antunes (1995),
Manacorda (1996) e Oliveira (2006). E relacionando ao trabalho docente trago questões
através do estudo bibliográfico em textos de Oliveira (2003), Paro (2002) e outros. O objetivo
deste artigo é realizar um estudo do período histórico em que Marx desenvolveu a sua teoria,
entendendo o desenvolvimento e a afirmação do capitalismo industrial no século XIX, as
influências nas condições dos trabalhadores e os fatores que os levaram a serem concebidos
como seres unilaterais para compreendermos o que Marx aponta como a necessidade de
superação do capital alienador e trazer questões para o debate da interação do trabalhador
docente na contemporaneidade. O trabalhador docente na contemporaneidade vive as
conseqüências da relação capitalista, da globalização e das mudanças destas provenientes o
que lhe causa muitas vezes uma sobrecarga de trabalho e sentimentos de
desprofissionalização ao ter que assumir funções não específicas de sua formação acadêmica
e profissão, além de ter que aumentar a carga horária e local de trabalho devido à
desvalorização salarial.
Palavras chave: Trabalho. Marx. Trabalho docente.
Introdução
O artigo: o trabalho na concepção de Marx parte de minha pesquisa de Mestrado em
Educação do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará
1
Mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação - Mestrado Universidade do Estado do Pará (UEPA),
Especialista em Gestão Escolar - Universidade da Amazônia, Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia -
Universidade Federal do Pará. Especialista em Educação - Secretaria Estadual de Educação do Pará e Professora
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