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Fichamento ideias para adiar o fim do mundo

Fichamento ideias para adiar o fim do mundo
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Teorias Da Comunicação (COM1198)

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Ano académico: 2020/2021
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Referência: KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 2º edição. São

Paulo.. Companhia das Letras, 05/07/2019.

Informações sobre os autores: Ailton Krenak: Líder indígena, ambientalista, filósofo, jornalista, poeta e escritor brasileiro. É um importante nome no cenário de defesa do movimento indígena e seus direitos no Brasil e exterior, sendo reconhecido como Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República, pela suas contribuições culturais ao Brasil e também, Professor Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, pea sua importância na luta pela causa indígena e ambiental. Nasceu em 1953 e protagonizou uma cena marcante na Assembleia Constituinte de 1987, com a fruta do Jenipapo, pintando seu rosto em meio à um apelo pela aprovação de uma emenda em favor das tribos indígenas brasileiras, ue unido a sua luta, garante um capítulo da Constituição voltada a eles.

ESTRUTURA DO TEXTO

Livro: Ideias para adiar o fim do mundo

Parágrafos: 58

Citações: 8

ESTRUTURA ARGUMENTATIVA

Cap 1 - Ideias para adiar o fim do mundo § 1-2 Ailton Krenak inicia sua fala explicando os motivos pelos quais recusava convites aos eventos em Portugal por questões afetivas e históricas. Entretanto, o autor admite se interessar em um ciclo de eventos que ocorreriam em 2017, ano em que Lisboa fora capital ibero-americana de cultura, e aceita atravessar o oceano para comparecer. Ele comenta que lá no evento encontrou pessoas interessadas na estreia de seu documentário “Ailton Krenak e o sonho da pedra” dirigido por Marcos Altberg, que segundo ele, é uma boa introdução à crítica inicial do capítulo: “Como nós construímos a ideia de humanidade? Será que ela não está na base de muitas escolhas erradas que fizemos, justificando a violência?”

§ 3-4-5-6 O autor dá continuidade à crítica citando a colonização, a ideia de uma humanidade esclarecida salvando a humanidade obscurecida, como se existisse um jeito certo de se estar na Terra. E então Krenak questiona “somos mesmo uma humanidade?”, ele exemplifica o questionamento usando instituições como a ONU (Organização das Nações Unidas) que, de acordo com ele, foram configuradas e mantidas como estruturas da humanidade que pensamos ser e que nos condiciona a aceitar todas as suas decisões. Ele usa a expressão “servidão voluntária” para nomear a insistência do ser humano em fazer parte de uma humanidade que, segundo ele, só limita a nossa capacidade de invenção, criação e liberdade.

§ 7 O autor segue a linha de raciocínio com outro questionamento: "Como justificar que somos uma humanidade se mais de 70% estão alienados do mínimo exercício de ser?”. À vista disso ele disserta sobre como a modernização tirou as pessoas de seus lugares e coletivos e as jogou em favelas e periferias para virarem mão de obra em centros urbanos. E sobre o que acontece quando perde-se os vínculos profundos com a memória ancestral e com as referências que dão sustentação a uma identidade, segundo ele, as pessoas ficam “loucas nesse mundo maluco que compartilhamos”

§ 8-9-10 Krenak então expõe porque o título de sua palestra sobre desenvolvimento sustentável na UnB (Universidade de Brasília), posteriormente usado para intitular seu livro e o capítulo, é “Ideias para adiar o fim do mundo”, de acordo com ele, esse título foi uma provocação, mas, foi dado sem muito planejamento e acabou funcionando. O autor comenta que no dia da palestra o auditório da universidade estava lotado, todos querendo saber que história era essa de adiar o fim do mundo e confessa que nem ele sabia exatamente. Durante a palestra, Krenak conta que passou a refletir sobre o mito da sustentabilidade e as corporações e o quanto isso foi nos alienando do organismo que fazemos parte, a Terra, e como passamos a pensar que ela é uma coisa e nós somos outra, ele discorda, segundo Krenak, a Terra é a humanidade e tudo é natureza.

§ 11-12-13-14 O autor cita exemplos como: o de um pesquisador europeu no começo do século XX que estava nos Estados Unidos e chegou a um território dos Hopi, pediu a alguém da aldeia para entrevistar com uma das anciãs. Quando foi encontrá-la, ela estava parada perto de uma rocha, ele esperou por um tempo e então perguntou: “ela não vai conversar comigo?” alguém da aldeia respondeu: “ela está falando com sua irmã”. “Mas é uma pedra” disse o europeu e a resposta que recebeu foi: “Qual o problema?” E o da serra Takukrak, na aldeia Krenak, que também é tratada e respeitada como sujeito. O autor conta que se a serra amanhece com uma cara boa isso significa que o dia vai ser bom mas se ela amanhece com uma cara feia as pessoas lá já ficam atentas. Outros exemplos que ele cita são, os das montanhas na região dos Andes que podem formar casais, podem ser pais e filhos e as pessoas que vivem nesses vales fazem festas para as montanhas, dão comida, dão presentes, e o do conflito dos Massais, no Quênia, com os ingleses que queriam transformar uma montanha sagrada deles num parque. Diante disso o autor indaga “Por que narrativas como essas não nos entusiasmam? Por que elas vão sendo esquecidas e apagadas em favor de uma narrativa globalizante, superficial, que quer contar a mesma história para a gente?”

§ 15-16-17 O autor menciona o fato de que enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, inúmeras corporações estão tomando conta da terra. Ele afirma que nós, a humanidade, vamos viver em ambientes artificiais produzidos pelas mesmas corporações que devoram florestas, montanhas e rios. Krenak usa a expressão “monstro corporativo” para se referir aos donos de capitais, os donos da grana do planeta e adverte “eles espalham o mesmo modelo de progresso que somos incentivados a entender como bem-estar no mundo todo”. Ele segue sua fala dizendo “os grandes centros, as grandes metrópoles do mundo são uma reprodução uns dos outros” no intuito de sobressaltar os ouvintes e leitores quanto a homogeneidade da humanidade.

§ 18-19-20 A chamada sub-humanidade, segundo Krenak, é a camada mais bruta, rústica e orgânica, são os núcleos que ainda consideram que precisam ficar agarrados na terra, os caiçaras, índios, quilombolas, aborígenes, entre outros. O autor discorre sobre como a organicidade dessa gente incomoda as grandes corporações que cada vez mais têm criado mecanismos para separá-los da terra, ele desaprova a ideia de, nós, humanos, nos deslocarmos da terra, vivendo em uma abstração civilizatória, segundo ele isso é algo absurdo que suprime a diversidade e nega a pluralidade das formas de vida e hábitos. O autor exemplifica essa negação de pluralidade falando sobre o apagamentos das línguas indígenas, que, todo ano, alguma delas é deletada, sobrando cada vez menos.

§ 21 O autor cita Boaventura de Sousa Santos “a ecologia dos saberes deveria também integrar nossa experiência cotidiana, inspirar nossas escolhas sobre o lugar

Por fim, o autor reitera a importância de manter a subjetividade de cada povo e etnia, para que não sejam vistas como uma coisa só, pois mesmo possuindo semelhanças, todas são diferentes, como constelações. Ele confirma que realçar a diversidade é ir contra a tentativa de homogeneização, tentativa que tira a alegria de estarem vivos.

Do sonho e da terra 2º capítulo

Bloco I - O Autor afirma que existe uma tensão entre o Estado e os povos indígenas. § 1 e 2: Em primeiro momento, contextualiza geograficamente onde as famílias Krenak vivem e então traz a afirmação sobre a relação complicada entre o governo e as comunidades indígenas que buscam que o mesmo cumpra suas funções constitucionais.

Bloco II - Introduz como o Estado trata as “terras indígenas” e aborda a luta pela existência dessas comunidades desde o colonialismo até agora. § 3, 4 e 5: O autor se questiona se as pessoas entendem sobre as diferenças entre as terminologias que os indígenas usam para as terras em que vivem e as que o Estado brasileiro usa. Também afirma que chamar apenas de “terras indígenas” é uma redução do seu verdadeiro significado. A seguir, fala sobre o colonialismo e como dizimar essas comunidades era quase um projeto, bem como, descaracterizar suas identidades e culturas. Ainda, traz como dilema político hodierno a disputa pela natureza próspera e independência do Estado.

Bloco III - Revela a relação do povo Krenak com o rio Watu. § 6: Revela que o rio Doce, para eles, Watu, é seu avô e não pode ser considerado um recurso, pois é uma pessoa e carrega significado na construção do coletivo das aldeias.

Bloco IV - Inspiração para continuar com os encontros. § 7: O autor conta que a partir desse sentimento dos Krenak, teve inspiração para continuar com encontros como esse que geraram o livro, levando a história dos indígenas e que muitas vezes sofre com tentativas de apagamento.

Bloco V - Fala sobre as raízes da marginalização da comunidade indígena e do crime ambiental no Watu. § 8: Afirma que está enraizado no Brasil não aceitar esses povos originais e tratá-los com violência. Ainda, sendo justificado pelos índios não compactuarem com a mercantilização da natureza. Em seguida, fala sobre o Watu, que além de sustentar a vida às suas margens, também era parte da sua construção de coletivo, sofreu com um crime ambiental. O autor traz o acontecimento em Mariana, Minas Gerais e conta como o desastre os deixou “órfãos e acompanhando um rio em coma”.

Bloco VI - O autor traz o sentimento do seu povo em relação à Terra. § 9: Ele se aprofunda no sentimento que os Krenak têm com a Terra, pois além de ser provedora da sua subsistência e manutenção de suas vidas, é ela que dá sentido para que possam existir. Também, fala sobre a falta de pertencimento com os locais de origem e da perda de sentido dos deslocamentos.

Bloco VII - Aborda sobre os alertas de destruição que o planeta nos dá, nossos impactos nele e sobre o despertar para que tenhamos cooperação e compromisso com o mesmo.

§ 10, 11 e 12: Traz um sentimento que os povos indígenas carregam a luta para si e também as consequências daqueles que não lutam pela casa comum. O autor fala que todos precisam despertar, pois não são só os índios que correm risco de extinção, mas todos. Ainda, traz a fala de Davi Kopenawa, que “o mundo acredita que tudo é mercadoria”, afirmando que cada vez mais o mundo busca criar e inventar, sem pensar nas demandas para a Terra. Traz o conceito de Antropoceno e alerta sobre a grande marca que estamos deixando onde vivemos, pois deve ser preocupante deixar essa herança ruim. Ainda, reitera como os indígenas são excluídos por não estarem apoiando um projeto de destruição da natureza.

Bloco VIII - Aborda o significado de Krenak, sua cultura e como o preconceito pode permitir a destruição de partes de vida. § 13 e 14: Ailton traz o significado de Krenak no sentido literal e espiritual, afirmando que é uma herança e missão se conectar com a terra e essa é a humanidade desse povo. Fala sobre como sentem seu lugar de origem como um local sagrado, mas as sociedades não indígenas levam preconceito a esses lugares e suas culturas. Esse preconceito, acaba despersonalizando e retirando os significados que os indígenas atribuem a natureza. Tal fato retira sua importância e permite o controle industrial e extrativista, o que deixa a vida na terra vulnerável a crimes ambientais, como no Watu. Conclui, falando sobre a importância dos encontros para debater essas questões, já que todos precisamos assumir um compromisso com a vida e se libertar de uma visão negacionista.

Bloco IX - Fala sobre o reconhecimento entre as visões sobre a Terra. § 15: O autor fala sobre as pessoas terem uma origem comum, mas de desconectarem a ponto de uma comunidade ver vida e razão para existir em um rio e outra o ver apenas como recurso. Ainda, questiona como encontrar um ponto de encontro entre essas visões.

Bloco X - O autor traz a visão Krenak sobre os sonhos. § 16 e 17: Revela que os sonhos não são apenas uma viagem do inconsciente quando dormimos, mas um exercício para buscar orientação. Também, diz que muitas pessoas usam dos sonhos para se inspirarem, resolverem questões e como cura. Afirma, que os sonhos podem ser a revelação para o autoconhecimento e aprendizados com o mundo.

Cap 3 - A humanidade que pensamos ser

§ 1-2 - Nesse trecho o autor afirma e indaga o leitor acerca da ideia do que constitui o ser humano relacionando isso a sua existência, ou seja, a percepção do “eu”. Mais adiante, ele pergunta se de repente desconstruir essa ideia, com certeza teríamos a sensação de perder o chão, cair num abismo. Assim , ele constrói uma pequena reflexão para questionar o leitor se essa queda já não está acontecendo há muito tempo e ele ainda não notou.

O autor cita como exemplo a viagem ao espaço e a visão que o astronauta teve da Terra e destaca que ele olhou para o planeta conforme a visão que foi construída aqui, ou seja, ele a viu como todos esperavam. Essa primeira parte busca contextualizar a fala que o autor fará a seguir, baseada no conceito de antropoceno que etimologicamente significa época dos humanos. Ele faz isso para dizer que ao longo da nossa evolução fomos construindo imagens que no futuro poderíamos ver e nos sentir identificados, essa imagem se baseia na padronização de tudo. Nesse trecho há uma pergunta muito importante que é “ por que é que nos apegamos tanto a esse

qualquer outro lugar. Conclui que, esse entendimento e vivência no mundo é o mesmo que as antigas gerações deixaram-nos. Nesse quesito, ele compreende as reclamações quanto ao que nos foi entregue, mas questiona o que nós estamos preparando para as próximas gerações, qual seria a expectativa deles e enfatiza que não seremos nós a receber a encomenda, mas nossos netos e bisnetos. Identifica a insanidade de nosso desprezo pelo que nos foi entregue e a afronta de que, se estivéssemos em seu lugar, teríamos tido muito mais êxito.

§ 10-11 Retoma a ideia de natureza, e afirma que deveríamos nos encaixar em tal conceito, que é amplo e nos inclui. Explica que, ao nos desconsiderar da natureza e levar o humano como medida, todas as outras formas são entendidas como à nossa disposição, levando a um convencimento e aceitação de uma humanidade identificável para cada um. Por outro lado, esclarece que o mínimo contato com outra maneira de entender o mundo já oferece diversas outras oportunidades com as camadas da natureza de que fomos abstraídos mas que ainda se identificam com tal. Adentra em uma dessas camadas, entendidas como a de “quase-humanos” que está sendo destruída pelos chamados “humanos muito-humanos”. Revela que os “quase- humanos” são pessoas que escolheram permanecer fora dessa civilização, desse controle do mundo e que, por isso, justifica o autor, são “tiradas de cena”, ou seja, abstraídas, a partir de, por exemplo, a fome e violência. O autor retoma o Antropoceno como o evento, que a partir do ciclo de navegações, conectou as sociedades civilizadas aos povos e sociedades que seriam capturados. Tais povos sofreram um intenso processo de desaparecimento, mesmo sem prévio planejamento de seus conquistadores, apenas a partir de seu contato e aproximação, fenômeno que após foi nomeado de epidemia. Ele relata que neste momento, no século XVI, foi o fim do mundo para estes povos. Explica que tal reflexão enfatiza apenas o fato de que aquele foi o desastre da época, e incorpora ao fato de que nós vivemos o desastre de nossa época agora. Ainda, conclui com a reflexão de que, enquanto algumas pessoas denominam esse momento de Antropoceno, a grande maioria chama de “caos social, desgoverno geral, perda de qualidade no cotidiano, nas relações” e afirma que neste abismo, estamos todos.

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Referência: KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 2º edição. São
Paulo.. Companhia das Letras, 05/07/2019.
Informações sobre os autores:
Ailton Krenak: Líder indígena, ambientalista, filósofo, jornalista, poeta e escritor
brasileiro. É um importante nome no cenário de defesa do movimento indígena e seus
direitos no Brasil e exterior, sendo reconhecido como Comendador da Ordem do
Mérito Cultural da Presidência da República, pela suas contribuições culturais ao
Brasil e também, Professor Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz
de Fora, MG, pea sua importância na luta pela causa indígena e ambiental. Nasceu
em 1953 e protagonizou uma cena marcante na Assembleia Constituinte de 1987, com
a fruta do Jenipapo, pintando seu rosto em meio à um apelo pela aprovação de uma
emenda em favor das tribos indígenas brasileiras, ue unido a sua luta, garante um
capítulo da Constituição voltada a eles.
ESTRUTURA DO TEXTO
Livro: Ideias para adiar o fim do mundo
Parágrafos: 58
Citações: 8
ESTRUTURA ARGUMENTATIVA
Cap 1 - Ideias para adiar o fim do mundo
§ 1-2 Ailton Krenak inicia sua fala explicando os motivos pelos quais recusava convites
aos eventos em Portugal por questões afetivas e históricas. Entretanto, o autor admite
se interessar em um ciclo de eventos que ocorreriam em 2017, ano em que Lisboa
fora capital ibero-americana de cultura, e aceita atravessar o oceano para comparecer.
Ele comenta que no evento encontrou pessoas interessadas na estreia de seu
documentário “Ailton Krenak e o sonho da pedra” dirigido por Marcos Altberg, que
segundo ele, é uma boa introdução à crítica inicial do capítulo: “Como nós construímos
a ideia de humanidade? Será que ela não está na base de muitas escolhas erradas
que fizemos, justificando a violência?”
§ 3-4-5-6 O autor continuidade à crítica citando a colonização, a ideia de uma
humanidade esclarecida salvando a humanidade obscurecida, como se existisse um
jeito certo de se estar na Terra. E então Krenak questiona “somos mesmo uma
humanidade?”, ele exemplifica o questionamento usando instituições como a ONU
(Organização das Nações Unidas) que, de acordo com ele, foram configuradas e
mantidas como estruturas da humanidade que pensamos ser e que nos condiciona a
aceitar todas as suas decisões. Ele usa a expressão “servidão voluntária” para nomear
a insistência do ser humano em fazer parte de uma humanidade que, segundo ele,
limita a nossa capacidade de invenção, criação e liberdade.
§ 7 O autor segue a linha de raciocínio com outro questionamento: "Como justificar
que somos uma humanidade se mais de 70% estão alienados do mínimo exercício de
ser?”. À vista disso ele disserta sobre como a modernização tirou as pessoas de seus
lugares e coletivos e as jogou em favelas e periferias para virarem mão de obra em
centros urbanos. E sobre o que acontece quando perde-se os vínculos profundos com
a memória ancestral e com as referências que dão sustentação a uma identidade,
segundo ele, as pessoas ficam “loucas nesse mundo maluco que compartilhamos”